Doping nos eSports
Palavras-chave:
Doping. eSports. Esportes Eletrônicos.Resumo
Este trabalho visa analisar o controle de dopagem nos esportes eletrônicos (eSports) e identificar as práticas de doping prevalentes, que podem ser categorizadas em convencional, eletrônico e mecânico. O objetivo é esclarecer como essas práticas afetam o cenário competitivo dos eSports e oferecer insights para operadores do direito, fiscalizadores, organizações e desenvolvedores sobre a regulamentação e prevenção do doping. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão bibliográfica e análise de fontes primárias e secundárias sobre o tema. Foram examinados artigos acadêmicos, relatórios de organizações reguladoras como a eSports Integrity Commission (ESIC) e a World E-sports Association (WESA), além de estudos sobre a legislação existente e práticas antidoping em esportes eletrônicos. Também foram analisados casos práticos de doping eletrônico e mecânico para ilustrar as implicações e desafios enfrentados. O estudo revelou que, nos eSports, o doping pode ocorrer de três maneiras principais: 1. Doping Convencional: Uso de substâncias psicoativas, como Adderall e Ritalina, para melhorar a concentração e o desempenho dos jogadores. As regulamentações variam, mas a ESIC e outras entidades mantêm listas de substâncias proibidas e permitem exceções com base em TUEs. 2. Doping Eletrônico: Utilização de hacks e glitches para obter vantagens dentro do jogo. Hacks modificam o software do jogo, enquanto glitches exploram falhas no código. Ambos são proibidos pelas publishers e resultam em penalidades severas para os infratores. 3. Doping Mecânico: Uso de equipamentos modificados, como mouses e teclados com macros, para ganhar vantagem competitiva. Regulamentos de torneios frequentemente restringem o uso de dispositivos que possam alterar a jogabilidade. A análise mostrou que o controle de dopagem nos eSports ainda está em desenvolvimento, com um sistema de regulamentação menos centralizado do que nos esportes tradicionais. As entidades reguladoras, como a ESIC e a WESA, têm implementado medidas para combater o doping eletrônico e mecânico, mas a falta de uma
regulamentação uniforme entre diferentes plataformas e jogos cria lacunas na fiscalização. O uso de substâncias psicoativas, por sua vez, é regulado de forma mais rigorosa, mas a diversidade de normas entre diferentes organizações ainda pode dificultar a aplicação consistente das regras. A dopagem nos eSports apresenta desafios únicos devido às suas características virtuais e tecnológicas. O doping convencional, eletrônico e mecânico requer abordagens específicas para garantir a integridade e a justiça nas competições. O estudo sugere a necessidade de uma regulamentação mais uniforme e a adoção de tecnologias avançadas para monitoramento e prevenção. A conscientização e a educação contínuas sobre os diferentes tipos de doping e suas consequências são essenciais para manter a integridade no cenário dos eSports. A profissionalização e o crescimento sustentável do setor dependem de uma regulamentação eficaz e da capacidade das entidades reguladoras de se adaptar às novas formas de dopagem.