Mercantilização da nacionalidade esportiva: A integridade das competições entre nações à prova de um doping alternativo

Autores

  • Jean E. B. Nicolau Universidade Presbiteriana Mackenzie Autor

Palavras-chave:

Nacionalidade esportiva. Seleções mercenárias. Naturalizações fraudulentas. Integridade das competições. Regras esportivas sobre nacionalidade. Direito desportivo da nacionalidade.

Resumo

As competições entre seleções apenas fazem sentido se os atletas envolvidos possuírem vínculos efetivos com as bandeiras que representam. A sincera conexão entre o jogador e sua nação esportiva é o combustível que alimenta a rivalidade entre seleções e a emoção dos confrontos internacionais. Atualmente, a integridade de tais disputas é ameaçada pela formação de equipes nacionais de ocasião, cujos atletas, não raro, possuem laços tênues com o país que representam. A situação interpela ainda mais quando equipes nacionais são, artificialmente, reforçadas por atletas que aceitam se submeter a naturalizações fraudulentas, com a perspectiva de obterem benefícios econômicos diretos ou, ao menos, indiretos,
decorrentes da disputa de certames internacionais. O propósito deste artigo é, além de apresentar o problema, sugerir ferramentas regulamentares que teriam o condão de minimizar essa forma indevida de adquirir vantagem esportiva. Para a discussão do tema em referência, divide-se o presente artigo em quatro partes, quais sejam: Introdução - Entre ética esportiva e propaganda estatal; Parte I - A proliferação de seleções mercenárias: um fenômeno respaldado pelo direito. Parte II - O combate às seleções mercenárias: por um direito desportivo dirigista; A - Consagração da regra da imutabilidade da nacionalidade esportiva;
B - Antecipação do momento de fixação da nacionalidade esportiva do plurinacional (“elegibilidade inicial”); C - Fixação (ou ampliação) do período de quarentena para modificação de nacionalidade esportiva. Conclusão - uma mudança dependente de vontade política.

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Publicado

2025-05-26